sábado, 27 de março de 2010

Dadinho é o caralho, meu nome é Zé Pequeno!

Vem de longe nas cidades brasileiras a invasão de “flanelinhas” em sinais “limpando vidros” e “pedindo gorjetas”. Sem delongas, não limpam vidros nem pedem gorjetas. O que fazem é exigir ameaçadoramente esmolas. Pedir é coisa do passado. A exigência de um trocado virou regra, ainda mais quando se tem uma realidade de destituídos de tudo entregues ao álcool, ao craque, à cola. Até quando a exigência (antes pedido) não se transformará em assalto? Ou melhor, já não é uma prática de coação diante de uma população assustada que pára nos sinais cheios de “pardais” de carro ou de moto (este último veículo, por suas características, deixando absolutamente exposto seus ocupantes)?

O piedoso poder público de piedoso nunca teve nada e a multiplicação dessa aberração urbana não passa de pura incapacidade (ou falta de vontade política) de resolver a questão.

Pagamos impostos que sustentam a manutenção da cidade, do estado, do país. Temos o direito de não sermos importunados ou ameaçados em nome de uma hipócrita “consciência humanitária”. Ao Estado cabe cadastrar aqueles que fazem do sinal seu sustento e trabalhar formas de engajá-los de outra maneira na sociedade. Para que serve um prefeito? Constitucionalmente o prefeito (como qualquer político eleito democraticamente) tem que ser considerado um servidor público, pois seu poder é oriundo de um mandato delegado pela população. Se não possui a coragem de resolver a questão, aí é outra coisa.

A sociedade não tem culpa. O poder público sim. É o nada como ação que faz perdurar questões espinhosas que atingem os cidadãos. Tomem pulso, poderosos representantes do Estado. Seus salários são pagos por uma sociedade que se sente ameaçada e tem muito pouco de retorno dos impostos que lhe são cobrados direta e indiretamente.

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